0

Corpo Atelier

ARCHITECTURAL (DIS)ORDER . Vilamoura

CORPO ATELIER . ARCHITECTURAL (DIS)ORDER . Vilamoura  afasia (1)

CORPO ATELIER . photos: © alexander bogorodskiy

Inside a white box of 7.6 x 3.9 x 2.55m, three differently configured yellow objects are individually placed. As an immediate consequence, one´s physical experience of the previously empty white box has been dramatically altered. The perception of one’s movement, of the box´s limits and of the position of the yellow objects is now inevitably intertwined.

The significance of such objects, however, remains subjective and unclear. Under closer inspection, their shape might resemble an abstraction of the classical architectural elements: an architrave, a fallen column and a plinth, arranged separately as a puzzle, only to be revealed when mentally placed together, evoking the experience of a (possible) site specific sculptural piece that engages with the containing space of a (possible) gallery room. Or perhaps, these yellow objects only hold objectual value as (possible) pieces of furniture, produced to store other smaller objects both inside and atop of them. In such scenario, their arraignment might be justifiable simply as a naive attempt to create some kind of spatial hierarchy in a (possible) wall-less apartment, marking and defining different areas according to a specific domestic use: an entrance hall, a central living room and a bedroom with a panoramic view.

It´s never truly clear which of these possibilities might be accurate, or, if any actually is. Maybe both might be.
_

Dentro de uma caixa branca de 7,6 x 3,9 x 2,55m, três objetos amarelos de diferentes configurações são individualmente colocados. Como consequência imediata, a experiência física da anteriormente vazia caixa branca foi dramaticamente alterada. A percepção que um individuo tem agora do seu movimento, dos limites da caixa e da posição dos objetos amarelos está agora inevitavelmente entrelaçada. O significado dos objetos no espaço permanece, no entanto, ambíguo. Após uma análise mais ponderada, as suas formas pode assemelhar-se a uma abstracção dos elementos arquitectónicos clássico: uma arquitrave, uma coluna caída e um podium, dispostos separadamente como um puzzle que apenas será revelado quando mentalmente colocado junto, evocando a experiência de uma (possível) peça escultória que reage aos limites do espaço de uma (possível) galeria. Ou, talvez, estes objectos amarelos tenham apenas valor objectual enquanto (possíveis) peças de mobiliário, produzidas para armazenar outros objectos mais pequenos, tanto sobre sí como no seu interior. Nesta hipótese, a sua colocação no espaço poder-se-á justificar como uma tentativa ingénua de criar algum tipo de hierarquia espacial num (possível) apartamento sem paredes, marcando e definindo diferentes áreas de acordo com o seu uso doméstico especifico: um hall de entrada, uma sala ao centro e um quarto com uma ampla vista. 

Não é nunca claro qual desta possibilidades será de facto verdadeira, ou se alguma de facto o é. Talvez ambas possam ser.