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Figueiredo+Pena . Flores

Rural House in Soutelos . Ruivães

Figueiredo+Pena Arquitectos . Nuno Flores Arquitetura . photos: © Frederico Martinho . + archdaily

The operation focuses on a rural building for agricultural use of pasture land and irrigated arable cropping.
The existing buildings, in granite stone masonry, were vacant and in an advanced state of disrepair. They comprised a two-storey house, an oven integrated into a single-story building, two granaries and a threshing floor.

The proposal intends to restore and extend the existing buildings, transforming them into an enterprise for tourism in rural areas.

The house (A) is fully restored, taking advantage of the existing structure, installing the main program – the core of rooms – suitable both for the size of the existing spaces, as well as for the distribution made through the gallery around the patio. The restoration included the reinforcement of the granite masonry, the introduction of structural wooden slabs, plasterboard walls inside, thermal insulation and wooden exterior window frames and the reconstitution of a roof with a new wooden structure and marseille tile.

In order to accommodate the complementary programs, it was proposed to extend the house to the west, following the implantation suggested by the ruins of existing additions. Thus, a first extension volume (B) is proposed, which extends the existing house with the same height and constructive characteristics, and which forms the hinge for a lower and expanded volume (C), positioned at the level of the threshing floor, in direct relationship with the landscape, housing the collective programs and the cuisine of the tourist unit. This construction was installed in the direction of the contours of the natural terrain and, in terms of its architectural language, performs a contemporary interpretation of the materiality of the pre-existing construction. The new volume was built with exposed concrete exterior walls, a marseille tile roof, and wooden exterior window frames.
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Localização Location: Soutelos, Vieira do Minho

Programa Program:
Turismo em espaço rural
Rural tourism

Área bruta Gross area: 909m²

Valor Contract value:
630.000 €

GPS:
41.684162, -8.014341

Cronograma Dates:
Project 2017-2019
Construction 2019-2021

Cliente Client:
Quinta da Riba Má, Lda.

Arquitectura Architecture: Figueiredo+Pena Arquitectos. Tiago Figueiredo, Luís Pena, Inês
Morão Dias (project manager), Marisa Oliveira, Filipe Madeira, Margaux Ruiz, João Cunha
Com o Arq. Nuno Flores

Especialidades Engineering:
BO Engenharia (estruturas e hidráulica) GAEN-PC (instalações eléctricas e mecânica)

Construtora Builder:
Regocib – Costruções e Imobiliária, Lda

Fotografia Photography: Frederico Martinho

 

A operação incide sobre um prédio rústico de uso agrícola de terra de pastagem e cultura arvense de regadio.
As edificações existentes, em alvenaria de pedra de granito, encontravamse devolutas e num estado avançado de ruína. Integravam uma casa de dois andares, um forno integrado numa construção térrea, dois espigueiros e uma eira.
A proposta pretende recuperar e ampliar as construções existentes, transformandoas num empreendimento destinado ao turismo em espaço rural.
A casa (A) é integralmente recuperada, tendose tirado partido da estrutura existente, instalandose aí o programa principal - o núcleo de quartos - adequado tanto pela dimensão dos espaços existentes, bem como pela distribuição feita através da galeria em torno do logradouro. A recuperação incluiu o reforço da alvenaria de granito, a introdução de lajes estruturais de madeira, paredes de gesso cartonado no interior, isolamento térmico e caixilharias exteriores em madeira e
a reconstituição de uma cobertura com nova estrutura de madeira e telha marselha.
De forma a acolher os programas complementares, propôsse a ampliação da casa para poente, seguindo a implantação suge rida pelas ruínas de acrescentos existentes. Assim, é proposto um primeiro volume de ampliação (B) que estende a casa existente com a mesma cércea e características construtivas, e que faz a rótula para um volume de um piso, mais baixo e distendido (C), posicionado à cota da eira, em relação directa com a paisagem, albergando os programas colectivos e a cozinha da unidade turística.
Esta construção instalouse no sentido das curvas de nível do terreno natural e, ao nível da sua linguagem arquitetónica, realiza uma interpretação contemporânea da materialidade da construção pré-existente. O novo volume foi construído com paredes exteriores em betão à vista, cobertura em telha marselha, e caixilharias exteriores em madeira.