0

Corpo Atelier

Architectural anatomy

Corpo Atelier . Architectural anatomy (1)

Corpo Atelier . drawings: © Corpo Atelier

Architectural anatomy, much like human anatomy, is a collage of different fundamental elements. There is a limited number of elements, each performing a specific function in the composition: structure and bones support the bodies, walls and skin create boundaries, windows and eyes, doors and mouth perforate the established boundary to allow the inside and the outside to communicate in different ways. While there are many similarities between these artificial and organic bodies, we can say the main difference is the possibility to expand their potential. By not being physiologically restricted to a biological law of development, architectural elements are an open field for perpetual experimentation.

Individually expanding the potential of each element may enable us to achieve unexpected spatial configurations to which the human body intuitively relates. In such logic, limits should be transgressed and common logics perverted with invention, intelligence and a sense of irony. Perhaps, the ultimate architectural body is defined in the moment its elements are brought to excess: mixed together, extended beyond their regular scale, tested with uncommon materials, stacked, perforated, cut, and so on… , so much that such experimentation becomes itself a conceptual approach.

Expansion of architectural elements = expansion of possibilities in architecture.
_

A anatomia arquitectónica, como a humana, resulta da articulação de diferentes elementos fundamentais. O número de elementos é limitado, cada um contribuindo com uma função específica na composição: a estrutura e os ossos suportam os corpos, paredes e pele criam uma fronteira, janelas e olhos, porta e boca perfuram a fronteira estabelecida, e permitem que o interior e o exterior comuniquem de formas diferenciadas. Apesar das várias semelhanças entre estes corpos artificiais e orgânicos, podemos afirmar que maior diferença assenta na possibilidade de expandir o seu potencial. Por não estar fisiologicamente restringida a uma lei biológica de desenvolvimento, os elementos da arquitectura são um campo de perpétua experimentação.

Expandir individualmente o potencial de cada elemento pode desvendar inesperadas configurações espaciais com as quais o corpo humano, intuitivamente, se relaciona. Nesta lógica, limites devem ser transgredidos e lógicas comuns pervertidas com invenção, inteligência e sentido de ironia. Talvez, o derradeiro corpo arquitectónico se defina no momento em que os seus elementos são levados ao excesso: misturados, aumentados além da sua escala regular, testados com materiais incomuns, empilhados, perfurados, cortados, etc. de tal forma que, o processo de experimentação em si mesmo se torne um fundamento conceptual.

Expansão dos elementos arquitectónicos = expansão das possibilidades na arquitectura.