Paulo Merlini architects . photos: © Ivo Tavares Studio
The clients’ intention was to create a residential building with studio and one-bedroom apartments.
With only 88m2, a frontage of 5.50m facing the street and 2.00m wide on the rear elevation, the plot is characterized by its small size and peculiar configuration.
Considering the typology of the plot, we inserted the stairwell in the central area of the volume, freeing up the façades and thus optimizing the capture of natural light inside the apartments. A recurring distribution logic in this type of plot in oPorto city.
In order to make the most of the land, we created a complex typology of simplexes and duplexes from the second floor up, and integrated a small commercial space on the first floor, enhanced by a patio on the rear elevation.
This way we managed to reduce the amount of area used for exterior corridors (non-saleable area) by optimizing the one from the apartments, which allowed us to integrate eleven units into the 649 m2 of available area, guaranteeing a wide variety of different typologies, each with its own characteristics, thus enhancing the value of the property. Despite the variability, and in order to ensure easy and correct execution of the work, we took care to standardize the elements that make them up.
Considering the small size of the apartments, and in order to guarantee a feeling of greater spatial amplitude, we opened up the elevations completely, intertwining the openings in elegant concrete arches that draw the façade together and give it a strong personality.
The choice of the arches has a double intention here. On the one hand, they help to add elegance to the elevation by connecting the elements that make up the façade, on the other, they take advantage of the fact that the arch is the architectural element that best adapts to the shape of the body, reinforcing the empathetic character of the whole.
In order to guarantee the privacy of the residents, we created 0.80m-high flowerbeds that block the axes of vision from the street, give extra comfort to the interior of the typologies and help to compose the elevation, through the contrast between the natural elements and the concrete.
On the main elevation, the arches define access openings to small balconies, 0.60m deep, also typical in the city of Porto.
This way, we have achieved a building that, although aesthetically it has a very distinctive character, reinterprets history, taking inspiration from the very specific logics of the typical typology in the city.
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Nome do Projeto . Project name: Boavista 339
Atelier de Arquitectura . Architecture Office: PAULO MERLINI architects
Arquiteto responsável . Main Architect: Paulo Merlini/ André Silva
Colaboração . Collaboration: Inês Silva/ Maria Tavares/ Rita Pinho
Localização . Location: Rua de Agramonte, 339, PORTO
Ano de conclusão da obra . Year of conclusion : 2023
Área total construída (m2) . Total area: 650.00 m2/ 650 sq/m
Construtora . Builder:
Fiscalização . inspection:
Engenharia . Engineering: Marilia Pinto arq/eng & construção
Paisagismo . Landscape:
Projeto Luminotécnico . Light Design:
Acústica . Acoustic Design:
Hidráulica . Fluids Engineering : Marilia Pinto arq/eng & construção
Térmica . Thermal Engineering: Marilia Pinto arq/eng & construção
Identidade Visual . Visual identity:
Ilustrações . illustrations:
Decoração de interiores . Interior Design:
Fotógrafo . Architectural photographer: Ivo Tavares Studio
BOAVISTA 339 A intenção dos clientes era a de criar um edifício de habitação com T0 e T1´s. Com apenas 88m2, uma frente de 5.50m virada para a Av. da Boavista e 2.00m de largura no alçado posterior, o terreno caracteriza-se pela sua pequena dimensão e uma configuração peculiar. Considerando a tipologia do terreno, inserimos a caixa de escadas na zona central do volume, libertando as fachadas e otimizando assim a captação de luz natural no interior dos apartamentos. Uma lógica de distribuição recorrente no lote tipo da cidade do porto. De forma a rentabilizar o terreno, procedemos a um complexo jogo tipológico de simplex´s e duplex´s a partir do primeiro piso, e integramos um pequeno espaço comercial no rés do chão valorizado por um pátio no alçado posterior Desta forma conseguimos a redução de quantidade de área utilizada para corredores exteriores, (área não vendável) otimizando a dos apartamentos, o que nos permitiu integrar onze frações nos 649 m2 de área disponível, e garantindo uma grande variedade de tipologias distintas, cada um com características próprias, valorizando assim o imóvel. Apesar da variabilidade, e de forma a garantir uma fácil e correta execução de obra, tivemos a preocupação de padronizar os elementos que as compõe. Considerando as áreas reduzidas dos apartamentos, e de forma a conseguirmos garantir uma sensação de maior amplitude espacial, abrimos completamente os alçados, entrelaçando os vãos em elegantes arcos de betão que desenham a fachada e lhe atribuem uma forte personalidade. A escolha dos arcos tem aqui uma dupla intenção. Se por um lado ajudam a atribuir elegância ao alçado, através da conexão entre elementos que compõem a fachada, por outro, tiram partido do facto de que o arco ser o elemento arquitetónico que melhor se adapta à forma do corpo, reforçando o caracter empático do conjunto. De forma a garantir a privacidade dos moradores, criamos canteiros com 0.80m de altura que bloqueiam os eixos perspéticos a partir da rua, atribuem conforto extra ao interior das tipologias e ajudam a compor o alçado, através do contraste entre os elementos naturais e o betão. No alçado principal, os arcos definem os vãos de acesso a uma pequena varanda, com 0.60m de profundidade, também típicas na cidade do Porto. Desta forma conseguimos um edifício, que ainda que esteticamente apresente um caracter muito próprio, reinterpreta a história, inspirando-se nas lógicas muito próprias da tipologia típica na cidade.
